Com o coração ferido
Andando pelos jardins noturnos
Enterro meu corpo nas cinzas da existência
E escolho por negar minha vida
Derramo uma lágrima
Que se suspende no medo
E as vezes, as almas vem aqui me consolar
E vejo-me beijando as sombras
Numa manhã cheia de angústia
Ele, meu doce Devaneio
Ele abraça docemente a minha dor
Caminhando lentamente a meu lado
Protegendo-me do mal dos dias de chuva
E sempre que eu caio, peço para ele não ficar (Fique)
Para não olhar em minha face (Me ajude)
Para não tomar minha dor (Não me deixe sozinha)
Ele nunca vai (Conforto)
E assim caminhamos pelas margens do mundo
Os MASCARADOS seres negros
Sabendo que para nós
O amor é tão frio quanto a MORTE
Sabendo q nada voltará, exceto DESESPERO
E isso é a única coisa que resta
Quando nos cemitérios eu choro em silêncio
Eu me lembro de suas palavras
Quando as vozes me sentenciam a sofrer
Eu ouço-o dizendo resista
Quando deito minha cabeça numa tumba fria
Vejo sua mão sendo estendida
E quando espero a Morte me consolar
Você me traz de volta a vida
Já não existe quase nada refletido no espelho de meus dias
Apenas você
Sem você minha queda seria mais rápida
Se ao menos eu pudesse tomar sua dor para mim
E conseguisse que você partisse em paz
Você sonharia novamente
E alem das margens da terra
Nas quais caminhamos juntos mas sozinhos
Esperamos por um Sonho perdido
Nada do que deixamos voltará
Exceto Desespero
E quando o dia amanhecer
Desespero virá apenas para mim
Pois eu a tomarei de você
E nos jardins noturnos, você sorrirá novamente
E eu a seguirei, rumo a terra dos sonhos
Que nós abandonamos há muito tempo
Por saber que o amor
É tão frio quanto a morte.
†Devaneio†
†E me sinto hoje forte, pois morri a vida para viver a morte†
( Filha de Morpheu.. )
†E me sinto hoje forte, pois morri a vida para viver a morte†
( Filha de Morpheu.. )